segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bobagens? Amores! Verdades? O insuficiente.

No silêncio da madrugada percebi que não seria tão fácil o que eu queria encontrar. Sei que por diversas vezes nessa certa caminhada, no que diz aos anos, questionei-me sobre o que de fato sentia por outro ser que meramente era meu semelhante.

Os casos não são poucos, tão menos simples.
Seu sorriso, seu tato, meu desejo. Como se de alguma maneira, a minha felicidade, paz de espírito dependesse retamente desse outro ser.

Aos garotos Toninho, Rafael Inácio, Rafael da Igreja, juninho (caso de semanas), Ojumi (Xumi) Luan (cabelos dourados), Hermam, Luan (GranLu), Klayton, Pedro Henrique, Bruno, Arthur (flory), Luiz, Eduardo (linguagem diferente).

Cada período em que os meus pensamentos possuíam uma maturidade destinada para cada um deles.

Se foi divertido? E como! Época na qual eu conseguia perceber a vida de meios que misturavam alegria, seja num signoplório sorriso, de besteiras brincadeiras bobas, curiosidade, de saber se ele tinha ido para a escola, de melodramas, principalmente quando via que ele, a pessoa de minha máxima atenção, ficava, no que se refere à beijar e abraçar, com uma colega que sabia que eu gostava dele.

Bobagens? Não para mim. Conseguia tramitar da felicidade para angústia só com uma ação ou jogo de palavras.

Não sei ao certo quando me tornei assim. Me lembro que aos seis anos havia um garoto que brincava de 'fada bela', de pegar 'bigu' no roda-roda. Me lembro de minha infância e do quanto gostei de ser criança. Penso que não mais existe aquele pensamento de pureza na infância moderna. Se fantasiar com as roupas da mãe, colocar os sapatos  e se maquiar era o que qualquer menina faria ou tentaria brincar, mas não se saía de casa maquilada.

Me lembro que ao chegar na segunda série me deparei num garoto que eu, na tenra idade, chamaria de amor. Paixão é aquilo que incendeia. Não tinha pensamentos carnais sobre ele. Como poderia? Não conhecia. Na televisão não tinha acesso a esse tipo de situação, tão menos em livros.
Os anos se passaram e descobri  que ele seria o amigo que, nos filmes, era o amigo de infância que viraria namorado e um possível casamento, ao menos nos filmes, que ainda prezavam a família.

Em algum tempo, não lembro ao certo quantos anos eu tinha, conheci Anna Carina. Ela se mudou lá pra rua.  O colégio que estávamos era vizinho de muro com a minha casa, ao menos o prédio principal era. Ela tentou se matricular no turno da manhã, mas não havia vaga, foi para tarde. Conheceu alguns meninos que jogavam uma espécie de jogo a dados e que cada um criava personagens respeitando alguns critérios que um deles estipulava. Nesse período, acabei entrando pra jogar também. Descobrimos que as provas que eram aplicadas pela manhã era a mesma para a turma da tarde e comecei a copiar a prova e repassar para meus colegas. Não sei qual deles foi na minha casa, mas me lembro que uma duas vezes levaram um garoto chamado Pedro Henrique. Me lembro que essas coisas aconteceram na minha sexta série.  Me lembro que eu havia pedido a minha avó para entrar na turma da tarde, eu queria ter um espaço entre aquelas pessoas, aqueles jovens que demonstravam interesse pela a minha amizade. A turma da manhã era, praticamente, a mesma desde os anos de jardim da infância. Os grupos já eram formados. Eu não me encaixava em nenhum deles. Havia a turma que ficava com a sobrinha da diretora, que era composto por umas sete a dez meninas e alguns meninos que era considerado, por elas, os garotos mais bonitos da sala ou uma espécie de queridinho entre elas. Algumas até que eram bonitinhas, mas outros só estavam no meio por simplesmente serem aceitas ali.
No meio desse grupo tinha a minha vizinha, Kamilla. Eu tinha uma amizade por ela muito grande. Apesar de saber que todas as vezes que ela estava na minha casa brincando de boneca e Rebeca, a sobrinha da diretora, chegava, ela sempre dizia "eu só estava aqui te esperando". Eu sabia que ela não tinha a mesma consideração que eu tinha por ela. Só aproveitava, enquanto não fazia nada, para ir a minha casa, brincar e sair quando a 'amiga rica' chegava e deixava a bagunça, que fazíamos juntas, para só eu ir arrumar.
Eu queria estar naquele grupo e não queria. Eu queria pertencer a um grupo.
Tentei convencer a minha avó para eu ir pra tarde, ela não me permitiu.  Ela passou para o outro turno minhas duas irmãs e me deixou na manhã. No primeiro bimestre minhas notas não era exatamente as melhores, o que piorou depois dos testes. Ela me passou para tarde.

Sabe o que é estranho? Algumas meninas da manhã havia trocado o horário antes de mim. Não conhecia muitos, só os bagunceiros... "Bagunceiros" não é exatamente a palavra mais adequada para dizer deles. Só o que aconteceu é que quando eu cheguei, acho que no segundo dia, me aproximei mais deles por não aguentar passar muito tempo calada. Entramos numa sessão de guerras de bolinhas de papel. Acho que esse foi o período que eu me tornei a bagunceira da sala... Bom, isso não? Antes eu não tinha classificação, a não ser do grupo das sobras. Enquanto todos lá estavam concentrados em fazer o exercício que o professor que, no momento, eu não sei quem era, eu estava brincando com quase dez garotos... Sim, os outros eram meninos, eu a única no meio... Coisas assim era comum para garotos de treze anos...
Houve uma aula, a de história, que a professora havia pedido para que todos fizessem silêncio para que ela pudesse fazer as equipes. Eu estava quietinha na minha. Não sabia como seria isso. Novata, só conhecendo poucos na sala. A primeira a ser chamada foi eu. Eu não sabia o que ela iria fazer. Depois chamou Renata. Saiu chamando outros nomes até completar a equipe. Eu estava sentada na extremidade direita, bem no canto da sala. Renata da esquerda. Ela saiu de lá e sentou na cadeira atrás da minha. Ela disse algo assim "oi, Eu só Renata e faço parte da equipe que você está. Vamos comprar a revista e cada um vai dar R$1,25 (ou era um valor bem aproximado), podes trazer isso amanhã?". Foi a primeira coisa que ela me disse. Sabe... Eu não me lembro dos outros que estavam presentes, só sei que ela estava. Aquele trabalho fez que eu me aproximasse da turma dos 'nerds' da sala. O que fez meu boletim aumentar consideravelmente, as minhas notas da manhã estavam aquém do meu potencial, consegui melhorar, não encontrava um sete nas notas, eram superioras a oito em sua grande parte.

Antes dessa tramitação, quando ainda estava na sexta, descobri que um daqueles garotos que estavam no meio dos jogadores queria mais que uma mera amizade comigo. O problema, para ele, é que eu nunca havia pensado em consumar beijos, abraços, de garotos. Eu tinha aquelas velhas ideias, clichés de meninas que assistiam chiquititas, que era bom andar de mãos dadas, eu ainda brincava de bonecas! Meu corpo ainda nem tinha feito uma transformação, não usava sutiã. Como eu poderia beijar um garoto, se nem sequer pensava nisso. O que eu sei é que eu não queria ele. Eu tinha nojo!

Na minha sétima série, depois de entrar para o grupo de Renata, descobri como era bom saber os resultados dos cálculos que eu fazia. Era bom fazer isso mais rápido que os outros. Eu era ótima nisso. Isso sem mencionar aquelas  aulas que tínhamos que fazer que incluíam  figuras geométricas. Até hoje tenho problemas com isso. Mas eu não mudei rápido, eu demorei. Teve um dia de termos uma prova em dupla e Iracema foi a que ficou responsável pela sala... Fiquei fazendo prova com quem? Advinha! Com Renata. A garota que só tirava dez nas provas. Claro que ela estudava. Naquela prova vi como eu não havia me esforçado. Ela havia me dito para cada uma responder a metade da prova. Eu não consegui mais que duas ou três respostas. Mas tive que fazer uma prova pela manhã de geografia, que foi em dupla também. A professora havia remarcado a prova umas duas vezes e eu havia estudado todos os dias. Eu fiz com Tácila e, praticamente, fiz sozinha. Tirei dez. Aquele foi o meu dez!

Descobri que eu gostava dele. Ojumi era o 'cara da minha vida'. Ele corria muito rápido na educação física. Ele... não me lembro mais do que eu achava dele. Só sei que no final do ano, no último dia de aula, cheguei nele e perguntei se ele queria ficar comigo. Eu havia chamado ele. Nós estávamos no meio do pátio sentados com o resto do grupo, chamei ele até perto dos bebedouros pra falar com ele. Ele disse algo que dizia 'eu não quero mais isso'. tá bom, se ele não queria, eu não poderia fazer mais nada. Ao chegar em casa, eu estava muito triste. Foi a primeira vez que eu chorei por causa de um garoto na minha vida. Kamilla foi até a minha casa e me desabafei com ela. Era estranho. Ali, eu fiz uma afirmação pra mim, que não mais tomaria a iniciativa. Se "a primeira tentativa que eu fiz não deu certo, imagina no depois", eu pensei. Sendo que muitas coisas mudaram, eu só tinha treze anos na época. Muitos podem dizer que eu estava fora de época, que eu deveria está um pouco avançada. Mas não sou o tipo de pessoa que segue o que todos fazem só por que eles fazem. Eu procuro um motivo na qual eu possa fazer. Eu procuro ver se é "isso" que eu estou interessada.

Não muito tempo depois, no início do ano seguinte, estava claro um vazio existente. Inna, Ojumi, Diego e Francisco não mais estudavam no colégio. Era só até a oitava série, o que alguns hoje chamam de nono ano. Os primeiros dias eram terrível. Mas eu estava a tarde agora. Voinha viu o quanto o meu desempenho havia melhorado muito. Eu tinha o meu grupo agora. No início do ano estava com Luan, Tonho, Wilder. Desses só se salvava Laun, os outros não se importava com as notas. Chegou uma menina para estudar com agente e entrou para esse grupo. Os seminários, trabalhos escolares, eu fazia com Renata e o grande grupo dela. Não gostei dessa menina. Eu vi que não era uma pessoa muito legal, então decidi me afastar. Mudei de lado... Entrei de cabeça no grupo dela. Apesar de saber que eu não iria me inturmar com todos eles, eu me sentia parte de alguma coisa... Eu gostei disso. Descobri que eu gostava de outro garoto, ele era pequeno e tinha cabelos dourados. Ele era, ao meu ver nessa época, um pequeno querubim. Me lembrei agora que a minha tia começou a ensinar lá na sala. Lecionava aulas de inglês. Era divertidamente estranho. Como chamá-la? Tia? Professora? Juro que tentei vê-la como aquela figura responsável e distante que um professor é. Mas não consegui. Aconteceu de todos  da minha sala, e das outras turmas, a chamarem de tia. O que o Luan tinha? Ele era inteligente e tinha cabelos cacheados. Para mim, na época, era o suficiente ou talvez o porquê ele  conseguiu reparar que, após o intervalo, eu ficava meio depressiva e ele chegou até em mim para perguntar por qual motivo eu era assim.

Na sétima série a professora de português, Iracema,  solicitou que fizéssemos uma peça. Isso aconteceu um tempinho depois que eu tinha ido para a tarde. Comecei a escrever. A história tinha três personagens, eu, milla e Pedro. Não tinha outras personagens, só agente. Sendo que eu não consegui continuar a a história, na verdade, estava sem criatividade nenhuma para continuar a escrever. Pedi o auxílio de Inna e essa ajuda acabou sendo o suficiente, eu só dei alguns "pitacos" para a composição da história. Pedro deu uma desculpa qualquer, dizendo algo do tipo que não iria vir no dia da apresentação. Inna foi fantástica, ela conseguiu dar um caráter mais hilário. Colocamos até uma intromissão de um 'personagem surpresa', que não tinha ligação com a história em si, mas que tinha um leve toque de 'intromissão da platéia previamente orientada'. Foi super!

Acho que isso fez falta no meu último ano daquela escola. Os personagens mais velhos, os alunos da última série, que não era a minha turma, que não estavam mais presente. Nos últimos meses do ano, para ser mais preciso o mês das crianças, minha irmã gona, na primeira missa pós primeira comunhão, falou com padre Messias, perguntando a ele se ela poderia ser coroinha, recebeu  uma indicação para falar com o coordenador. Em Dezembro, para a segunda reunião dos acólitos, a minha avó havia ido na cidade fazer compras e pagamentos e gona não poderia ir só. Eu fui com ela a reunião. Descobri que um dos coordenadores era o mesmo garoto que eu tinha visto na semana de São Francisco no altar. Eu queria mesmo conhecer ele e algo me tomou minha atenção naquele circulo da reunião. Algo me dizia que eu deveria entrar naquele grupo. Perguntei a minha avó se eu poderia entrar e a resposta foi positiva e engressei naquela mesma noite naquele grupo. Isso foi numa terça. Na sexta eu tinha ido acolitar pela primeira vez. Nas sextas poucos iam assistir missa. Eu falei para o acolito do meu lado, cujo nome era Pedro, que "tudo o que ele fizesse eu faria também", ele se virou e disse "uma dica" eu olhei pra ele e ele continuou "coça o nariz", ele disse isso na hora que estava coçando o nariz. Aquilo fez eu ficar mais tranquila. Aprendi nesse dia que se quiseres uma ajuda e pedir a pessoa certa, conseguirá. Agora só tem que 'abrir a boca'. Comentei com Inna que gostava desse coordenador. Não sei a quem mais eu tenha falado, mas eu soube que teve um 'telefone sem fio', Júlio ficou sabendo, um garoto lá da igreja que compartilhava algumas amizades comigo, disse não só para esse garoto mais para a igreja em peso. Fofoqueiro! Isso resultou de o menino vir até mim e conversar sobre isso. O que eu poderia fazer? Muitos dizem que ser cuidado com avó ou avô não é a mesma coisa. O que posso dizer é que a minha avó cuidou da gente integralmente, não saia para trabalhar. Ela tinha tempo para nós. Não é a mesma coisa que ser criado por pais que tem que estarem trabalhando para poder ter dinheiro.

Ao terminar a oitava série decidi que no colégio que eu fosse entrar não seria mais aquela do grupo das 'sobras', eu teria um grupo meu.

Tentei entrar num colégio que fica situado na Aurora.  Sendo que

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